Batman & Robin

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ian Gillan Band


Como disse Jon Lord em uma entrevista: "... com o perdão de uma percepção tardia, eu poderia sustentar aquela situação de caos por um tempo indefinido. Poderia segurar a banda eternamente. Mas isso não aconteceu..."

O fato é que o ritmo insano de trabalho detonou o Deep Purple. Não havia tempo para o lado pessoal e o volume de shows só aumentava. Chegaram a tocar como quarteto várias vezes devido aos problemas de saúde de Blackmore e Gillan.

Um manager mais experiente poderia consertar tudo com um break de dois meses. Dois meses de pausa fariam milagre naquele olho de furacão. Mas não houve tempo. Gillan e Glover partiram. E o Deep Purple acabou. Eu sei, tem o Burn... É legalzinho. Mas o Purple acabou em 73 e não em 76. A prova disso? Perfect Strangers. Olha o que o MK II tinhe de lenha para queimar... Dá raiva de pensar no que perdemos com aquela separação prematura.

Ian Gillan ficou fora do showbizz por dois anos. Descansou, cuidou de sua loja de motos, viajou, bebeu até ver disco-voador e formou a Ian Gillan Band. Tirando os sucessos do Purple, pouca coisa sobrava. Intercalou altos e baixos até a reunião com o Sabbath em 83. A maioria dos fãs do Sabbath odeia o Gillan porque o melhor disco deles, aclamado pela crítica, foi Born Again. Gillan detonou Ozzy.

A sorte é que, mesmo havendo um contrato, o MK II se reuniu novamente. Tony Iommi queria continuar com o projeto Gillan. Aí entrou o maior migué da história: alegando problemas na garganta, o contrato foi rescindido. Meses depois surgiu Perfect Strangers no primeiro lugar da parada britânica... Deve ter sobrado processo por tudo quanto foi lado...

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