Eu tinha 4 anos e morava na rua Aristides Lobo Sobrinho. Perto de casa tinha o casarão dos Crisci onde meu irmão me levava para ver eles andarem de autorama. A pista ficava no porão e era misturada entre pedaços claros e pista de pedaços pretos, do recém lançado SP.
Nunca mais vi este lugar desde então. Ontem, após 38 anos, senti o que é viajar no tempo. Entrei no mesmo porão e vi onde ficava a pista. O Fabrício, filho do amigo do meu irmão, não acreditava que eu sabia até onde se guardava os carrinhos e a pista desmontada. Foi uma loucura descobrir que tudo ainda estava no mesmo lugar, na minha mente e na prateleira.
Viagem no tempo "equiziste", como diria o Padre Quevedo.
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