Tem muita coisa esquista nessa vida. Meu aerógrafo é uma delas. Certa vez, fiz um rolo com um maluco de Bocaina, o Xixa, e recebi na troca um aerógrafo Lince L2000 e um inalador Nevoni para lhe fornecer ar. Nem me lembro com o quê eu troquei isso... Foi lá pelo ano de 92,93...Usei bastante e muito tempo depois eu fiz outro rolo com o Satoru, amigo de Jaú que está morando no japão. Sei que troquei o aerógrafo por um Santa Fé da Atma. Foi por volta de 96,97...
Pois bem, no começo deste ano, acho que fevereiro, o Satoru veio para o casamento de sua filha e passou uns dias aqui em Jaú. Entre as conversas, ele disse que queria me dar um presente. Fui até sua casa e me surpreendi ao ver o velho aerógrafo de volta.
Levei para casa e começei a usá-lo novamente. Já tive muitos outros nestes anos, mas o Lince é de longe o melhor. É pau para toda obra. Tirei um caminhão de sujeira de dentro dele. Acho que era poeira e tinta do Japão. Ou o Satoru nunca usou ou só usava e não lavava.
O fato é que agora eu nunca mais vou me desfazer dele. Falei com o João Elaga, seu fabricante, e ele me disse que o L2000 parou de ser fabricado faz 12 anos. Foi aperfeiçoado e passou a se chamar L3.
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