Isso perdurou por vários anos até que um dia eu conheci um japonês em São Paulo. Depois deste encontro, joguei tudo fora e jurei nunca mais montar nada... O filho da mãe do japa só montava 1:72. E como montava... Vi um Phantom F4E do cara que era para fechar o comércio. Para quem não sabe, quanto maior o número do lado esquerdo da proporção, menor é o modelo. Quer dizer que o F4E do japa era 72 vezes menos que um avião real. E nesta maravilha de quase 9 centímetros ele colocou trem retrátil, iluminação do painel e várias peças de metal da marca Dragon, coreana. Ou seja, humilhou.
Fico imaginando o que ele faria em um kit 1:48 ou 1;32... Uns dois ou três anos depois eu o encontrei na Mobral, comprando balsa. Nessa época já havia e-mail e ele me mandou umas fotos de um Zero da Tamiya 1:32. Ele modificou tanto o kit que até a fiação ventral das asas ele reproduziu. Detalhe, a suspensão do trem principal era a óleo como o avião real. O tempo para fazer um estrago destes? O mesmo que um mortal leva para montar um kit meia boca.
Bom, deixando isso de lado para não ficar mais nervoso, começei a customizar carros em escala 1:64. O popular carrinho de ferro. Matchbox, Hotweels, Jada...
O processo é divertido: escariar o rebite com a Dremmel, abrir tudo, pintar interior, pintar chassis, pintar carroceria, colocar decais, envernizar e depois montar tudo de novo...
Só para ter um modelo que ninguém tem...
E olha que eu acho que eu melhorei...
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