Depois de uma semana sofrida, percebi que alguns assuntos mais urgentes e preocupantes simplesmente deixaram de existir perante algo mais sério. Parece óbvio. Mas a questão é perceber ou não a tênue diferença entre um dano permanente e uma bobagem. Não sou bom nisso. Já vi que alguns fantasmas do meu passado são na verdade picuinhas que tomaram uma proporção gigantesca e que alguns fatos relevantes foram simplesmente deletados da minha vida. Neste ponto entra a vantagem de uma pessoa equilibrada. Começo aos 42 anos ver que estou longe disso. Tem muita coisa mau resolvida dentro de mim. Muita. Na verdade a convivência humana é desprezível, como diria um amigo, o Pedro Zago. Aliás, este personagem é o louco mais sadio e feliz que eu conheço. Tem seus demônios, mas é extremamente bem resolvido com a maioria das coisas. Eu, particularmente, gostaria de ter o dom do perdão. Perdão para consigo mesmo. Mas não tenho. A coisa mais crítica que conheço, mais implacável, mais cruel, mais odiosa, é minha consciência. Puta merda. Não dá para fugir. Um inferno. Um inferno que até há pouco tempo estava trancado em um armário, bem lá no fundo, e que agora está de portas abertas, como em um filme, onde os maiores problemas são reprisados como no HBO, HBO2, HBO3, HBO4, etc... Mas tenho que ser firme. Ou continuar a me enganar. Aliás, achei outro defeito outro dia: me contaminar com problemas dos outros. É sofrer por tabela. Mas infelizmente sou assim. Se houvesse uma seção de trocas, trocaria tudo que eu tenho de ruim por um x-bacon, com bacon e sem cebola, como dizia um retardado aqui de Jaú. Diliga Fêdo!!!
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