Fico vendo essas fotos e me perguntando toda hora: não tinha um filho da mãe por perto desses caras para não deixar a banda se separar? Pelo jeito não. E foi assim que acabou. Nesse banquinho de praça estão os maiores caras do rock que eu conheço. O Deep Purple MKII.
O Gillan já estava demissionário, o Glover quiz ir junto, o Lord estava com a cabeça na lua, o Paice queria ficar na boa e o Blackmore queria matar o Gillan a paulada. Acho que era o único cara lúcido dentro da banda. Sabia que teriam problemas pela frente. Projetou Burn para o Gillan e teve que sair catando neguinho as pressas para colocar no vocal... Merda.
Eu consigo visualizar Burn com o Gillan. Na minha cabeça toca. Os caras que entraram foram bem... mas nunca mais foi a mesma coisa...
Aí chegou 1975. Blackmore fora. Veio 1976. Acabou o Deep Purple. O drogado que puseram na guitarra se matou de overdose. Foi tarde. Era uma merda.
Surgiu Perfect Strangers em 84. Comprei em uma lojinha que não existe mais em Jaú. Era do lado do Bar do Zé. Cheguei em casa e ouvi no último. Quase furou o LP de tanto tocar. Mas, lá no fundo tinha uma vozinha dizendo: imagine se não tivessem parado.
Imagino até hoje.
O último disco deles juntos foi Who Do We Think We Are. Eles dizem que odiaram fazer o disco. O contrato obrigou. Quase nunca tocam alguma música dele. Mas lá tem Woman From Tokyo, Mary Long, Place In Line... Será que só eu gosto? Pode ser.
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