Oficialmente dirijo desde os 18 aninhos pelas estradas deste Brasil. Se levarmos em conta as escapadas sem carta, a conta deve subir para uns bons 27 anos de volante. E ontem aconteceu a primeira vez. Fiquei na estrada. Em Rio Claro.
E, como não poderia deixar de ser, estava com um FIAT.
Não que seja um carro ruim o FIAT. Só que não é um automóvel. É um negócio que se parece com um e que, às vezes, se passa por um. Tem rodas, portas, bancos etc... A gente tem a nítida impressão de estar em um automóvel quando dirigimos um FIAT. Mas logo é desfeito o engano. O carrinho é ruim mesmo.
Ontem fiquei na estrada por causa de uma trizeta. É a irmã mais pobre da cruzeta. Acho que para baratear o carrinho tiraram uma ponta. Então, essa trifética trizeta quebrou. E eu fiquei na estrada... De FIAT.
E olha que eu já tive carros ruins... Mas nenhum me deixou na mão. Tive um Volkswagen 66 que consumia 4 litros de óleo ida e volta a São Paulo. Era fumacento e valente. Ia e voltava são e salvo. Uma vez até ajudei uns conterrâneos que estavam com um carro novo enguiçado na estrada. Voltaram comigo de 66. Um deles não conseguia esconder o descontentamento de ser salvo por um Fusquinha...
Também tive um Opala que virava esquina sozinho quando pisava no freio. O bicho era tão torto que dava medo de andar... Mas nunca me deixou na estrada.
Um outro Opala competia com o Fusquinha... Bebia mais óleo que gasolina. Cheguei a pensar que eu era o único dono de Opala dois tempos no mundo... Mas esse também nunca me deixou na mão.
Acho que o que falta aos FIAT é coração. Como são desalmados esses carrinhos...
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