A F1 é o apogeu do automobilismo mundial. Nada é mais técnico, mais disputado, mais difícil, mais rápido que a F1. Todo piloto que chega a esta categoria está, por conseguinte, em seu apogeu na carreira. Tanto na parte física tanto na parte técnica. Todos os campeões da F1, sem excessões, conquistaram seus títulos em no máximo 4 anos após a estréia na categoria. Como dizem os ingleses, o sujeito tem essa janela de tempo para mostrar a que veio. Também a F1 é conhecida por destruir psicologicamente pilotos fracos em determinação. E também é fato bastante comentado que a F1 tem dois caminhos: o da glória e títulos e o do dinheiro. Dentro destes 4 anos o piloto define que caminho vai percorrer. Se for bem sucedido em vitórias, o dinheiro vem de forma natural. Se for coadjuvante, belisca algumas vitórias, sempre faz contrato bom, vive de segundo piloto, diz que acerta carro, renova sempre, tem empresário bom, faz marketing aos montes e vai vivendo disso e enchendo os bolsos...
De tudo o que passou na F1 correndo sob a bandeira brasileira após 94, acreditei um pouco no Bernoldi e no Massa.
O Bernoldi foi bem, fez algumas proezas e sumiu por falta de grana e, resumindo, foi um bonito quase.
O Massa me impressionou e a muitos italianos, que chegaram a estampar na capa da Autoesporte uma foto do moleque com a manchete " Il nuovo Senna?". O rapaz tinha tudo para explodir a categoria e ser o mais novo campeão mundial pelo Brasil. Andou bem na Sauber e Ferrari. Pegou um finalzinho da Era Schumacher em Maranelo e depois disso, com o caminho livre, empacou. Foi uma sombra para Raikkonen, e é uma sombra para Alonso. É facilmente dominado por seu companheiro de equipe e, como vai passando o tempo, vai virando mestre no engodo.
Além de não ter sorte. A boa e velha sorte de campeão. Ele não a tem.
Hungria 2008. Estava a 18s na frente do segundo colocado quando seu motor explode na reta de chegada faltando 3 voltas... Encerrava-se ali a excessão de um piloto ser campeão após sete temporadas na F1.
Posto isso, está explicado o porquê de eu achar revoltante a assinatura por mais um ano como capacho de equipe grande, ou como o Luca deixou claro: uma galinha.
