O samba paulista, e aqui entra o mais puro bairrismo, é eternamente melhor que o samba carioca. Talvez o único que enfrente de igual para igual seja Noel Rosa. Nem preciso dizer que o que se vê hoje na Sapucaí não é samba. É embromation de favela. Mas voltemos ao que interessa.
Queria estar ao lado do Adoniran, que a essa altura já havia deixado o nome de batismo de lado, quando compôs Trem das 11. Não conheço som e letra mais sublime para expressar aquilo que ele estava querendo transmitir nesta canção. Palavras sábias e melodia certeira. Toda vez que a ouço, me sinto naquela época, em algum barzinho do Jaçanã, preocupado com a hora de ir embora...
Descobri o Adoniram bem depois de sua morte. E assim foi que eu aprendi a gostar do samba da garoa.
Nada, mas nada mesmo, ilustra melhor a São Paulo que eu gosto.
2 comentários:
Sábias palavras.... O sentimento que estas belas músicas passam não se comparam às letras sem sentido "fabricadas" em linha de montagem que ouvimos hoje em dia. Resumindo: é samba de Italiano!!!!! Coisa fina!!!!
Concordo com a sua afirmação pois não conheço: Noel Rosa, Ary Barroso, Lamartine Babo, Braguinha (conhecido também como João de Barro) e Ataulfo Alves, Assis Valente, Custódio Mesquita, Herivelto Martins, Pedro Caetano, Synval Silva, Chico Buarque de Holanda, Billy Blanco, Martinho da Vila, Paulinho da Viola Candeia, Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Kéti Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola, Toquinho, Vinícius de Moraes Cartola, Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Zé da Zilda
Abraços
Paulo Oliveira
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