Certa feita, por volta de 90/91, fui a São Paulo com meu SS4 74. Era um final de ano e é por isso que eu me lembrei de escrever o ocorrido aqui... Era um bate e volta simples. Nada de mais. Então arrumei dois comparsas desocupados e mandamos bala até a capital. Após passar o último pedágio da Bandeirantes chegando a cidade, notei algo estranho no vidro traseiro... Estava todo gotejado e não havia uma nuvem sequer no céu... Imaginei que algum ocupante de outro carro havia jogado algo... Mas não, o pedal do freio estava esquisito também. Aí encostei e pude ver que o duto de fluído do freio traseiro estava rompido e que aquelas gotinhas no vidro eram fluído de freio que havia vazado... Logicamente haviam compromissos a serem cumpridos nesta viagem. Foi então que decidi ir assim mesmo para o restante da jornada. O pedal de freio estava na tábua e só no finalzinho dava um sinal de freio dianteiro... Consegui resolver tudo e na volta a Jaú, o difícil foi saber quem ia no lado do carona... Nenhum dos dois queria dar uma de parachoques...Na época, era comum o famoso "duas horas e meia", em alusão ao tempo de viagem. E assim foi na volta, sem freios, com o ponteiro no VDO. O legal era que, para parar a 180 km/h, nos pedágios, eu tirava o pé assim que via a placa de pedágio a 2 Km... Aí ia no freio motor até colocar terceira e assim sucessivamente...
Chegamos em Jaú sãos e salvos... Os dois caronas demoraram dois ou três dias para perder a cara de terror...
Era um amarelo caju, igual a este da foto... Saudades deste carro.
Um comentário:
E anos depois, repetimos a dose em outra escala, mas sempre sem freio...
Silvio
Postar um comentário