

A partir daí começou a saga pelo kit. O verdadeiro dono do objeto era proprietário de uma usina de açúcar na Barra e havia levado o kit para este amigo montar. Tentei em vão conversar com o sujeito para me vender o kit. Nessas alturas eu já suava frio e não dormia a noite pensando nele. Já sabia, lógico, que eu iria montá-lo na versão Gilles, com numeral 12. Um martírio.
Após vários anos de suplício, perdi as esperanças de por as mãos naquele Ferrari. Porém, um golpe de sorte surgiu. O amigo da Barra ainda não havia começado a montagem e o dono do kit nem se lembrava dele. Novamente surgiram as conversas e nada de fazer negócio.
Um belo dia esse amigo comentou que só encerraria a carreira de plastimodelista de conseguisse um exemplar do F4U Corsair da Revell, escala 1:32. Algo como achar uma mosca branca, de olhos azuis, e piercing nas asas...
Passado mais um ano, um outro maluco de Jaú montou uma pista de autorama em sua casa e lá íamos andar todo santo dia. Numa dessas corridas, vi sem querer, um kit do F4U imaculado na caixa ainda no plástico. Toda a história do 312 T3 veio à cabeça e perguntei se o cara vendia o avião. Para espanto total e irrestrito, o cabra me deu o kit.
De posse da "arma", liguei para o xarope da Barra. Acho que ele fez o trajeto de vinte e poucos kilometros em 10 segundos... Chegou com o kit do 312 T3 e mais algumas coisinhas para pôr no negócio. Fizemos a troca e hoje exibo o kit como um troféu em minha cristaleira. Demorou exatos seis anos para poder colocar as mãos nele. Um sufoco.
Vou colocar mais umas fotos dele ao longo dos dias...
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