Fazer o quê?

Como diria meu amigo Paulo, é uma questã de princípios. Se a vossa pessoa é convidada a alguma festa ou o que quer que seja parecido a uma festa, beba como se fosse o último dia seu nesse mundo e coma o que tiver vontade até ter certeza que produzirá um belo jato de vômito, seguido, logicamente, da frase: foi a cerveja quente e a azeitoninha da empada... Funciona.

Então, pegue o manual de cafajestagem e seja o cara mais admirado, criticado, falado e expulso daquele churrasquinho na laje do seu vizinho... Tenha certeza de que nunca mais será convidado a estar no meio daquela gente insuportável e desgraçadamente sertaneja... Funciona.

Se o estimado leitor tem um pouquinho de consideração com o anfitrião da bagaça, é melhor pegar mais leve. Quando a tia gorda do cara vier mostrar a cicatriz da operação de sei-lá-o-quê que ela fez no S.U.S., finja estar interessado e pergunte, se possível, o nome do veterinário, quero dizer médico, que fez tão belo trabalho nos pontos e que se conhecer alguém que precise, vai indicar o mesmo... Funciona.

Falando em fingir, pareça estar sempre sorrindo quando aquela criança ramelenta for colocada a força no seu colo... Para sair dessa, começe a se coçar e fale rapidamente a alguém a seu lado que parece ser herpes genital... A mãe do referido ser irá pegá-lo tão rápido do seu colo que vai parecer trabalho de ninja... Funciona.

E, como não poderia deixar de ser, quando o pai do anfitrião insistir em vender aquele fusca 68 com lanterna fafá para voce, vá até lá e olhe o carrinho. Diga algo como jóinha, relíquia e que não pode comprar, a não ser se for com aquele cheque sem fundo que o filho dele te passou... Funciona.

Agora, se o cara que te convidou oferecer cerveja barata, dê um jeito daquele seu vômito acontecer acidentalmente no tapete novo da sala que o cara está pagando em 36 vezes nas Casas Bahia... Funciona.