Quem é leitor deste blog não vai se surpreender...

Meus caros, como venho falando há tempos, o último título do Brasil na F1 foi o de 1991. Naquela ocasião, tínhamos um super piloto, um tricampeão se aposentando e um monte de promessas que não vingaram...

Quiz o destino que o GP de Imola fosse uma espécie de marco no automobilismo brasileiro. Morria ali na Tamburello uma geração vencedora. O que aconteceu depois, todos esses anos de fracasso retumbante, foi a dura constatação de que não conseguimos repor pilotos a altura dos que lá passaram. Não tínhamos mais a F-Vê que criou Emerson, não tínhamos mais a F-Ford que criou Piquet e não tínhamos mais a F-3 que criou o Senna e não temos mais o Kart. O kart foi e é o maior celeiro de pilotos do mundo. Só aqui que não vingou.

A geração que lá está na F1 conta com o Massa, já em declínio, conta com a presepada do piloto que não se deve falar o nome e mais nada. Digo mais nada porque se o cabra não tiver dinheiro, está morto. O talento, que é a única coisa que pode sobrepujar o dinheiro, não temos mais...

Não temos mais porque não temos mais categorias de base. A F-Future, criada por Massa, apresentou míseros 8 carros no grid... A molecada quer dinheiro... Não quer títulos.

O Brasil morreu para a F1.

Aí, vemos a notícia de que o Kannaan, piloto campeão de Indy em 2004, está a pé porque não arrumou U$ 3,000,000 para poder correr este ano...

Ora, se o cara é bom mesmo, as equipes iam disputá-lo a tapas...

Se o tal de Bruno Senna tivesse um milésimo de talento do falecido tio, andaria nem que fosse com um terceiro carro de uma equipe grande...

Se o Di Grassi fosse uma leve lembrança do que foi o Piquet, estaria hoje lutando para ser campeão já no seu segundo ano de F1...

Se o inominável fosse algo além de um puta palhaço rápido, não morreríamos de rir toda vez que o cara entra na pista...

Enfim, se algum deles tivesse um pouquinho, talvez uma grama só, do talento do Emerson, estaria eu aqui agora teclando maravilhas sobre nossos pilotos tupiniquins...