Batman & Robin

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Heróis


Eu acredito piamente que qualquer sujeito que entre em um cockpit de fórmula um e acelere até o limite seja um verdadeiro herói(logicamente menos aquele piloto que começa o nome com "Po" e termina com "verello"). Digo acelerar, não no sentido de coragem e não no sentido de vaca louca, e sim acelerar com estilo, arrojo, gana, propósito, vencer até na hora de chegar aos boxes... Então, posto isso, fica claro que quando um acidente acontece, o destino traz de volta ao mundo dos mortais esses heróis. O caso mais recente foi o de Henry Surtees. Filho do campeão John Surtees, Henry sofreu um acidente bobo em Brands Hatch ano passado. Uma roda de um carro se soltou em uma batida e caprichosamente acertou sua cabeça quando passava pelo acidente. O impacto foi suficiente para matá-lo quase que instantâneamente. O tape pode ser visto no Youtube e é tão sutil o contato do capacete com a roda que quase passa despercebido. Enfim, uma tragédia. E eu presto aqui minhas condolências a família Surtees.

Não gosto que nada de ruim aconteça a esses heróis. Não gosto que nada de ruim aconteça a esse esporte que eu aprendi a gostar tanto. E não gosto mais ainda da porcaria que ele está se transformando. Logicamente pancadas existem em qualquer esporte a motor, fazem parte. O que dizer do maldito pneu do F2 de Clark em Nurbugring? O que dizer do besta do Mass em Zolder, quando matou o Villeneuve? O que dizer do nhola do Andretti na largada em Monza em 78 quando o Peterson morreu?

Hoje o neguinho acelera não porque sabe que vai ganhar a corrida, acelera porque sabe que se bater, o carro aguenta.

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