E a banalização da miséria de caráter se estende do mais baixo nível até aquele onde a gente acha que vai encontrar alguém um pouco mais esclarecido.
Na minha infância era comum a gente dizer que o fulano "era de sítio", para descrever as mazelas de seu convívio. Nunca me esqueço disso. E hoje tem nego que bate no peito bendizendo sua origem tragicômica na roça da humildade. Continuo a me lembrar disso.
Confundir raiz brejeira com conduta de caráter é caso de cortar os pulsos com moto-serra.
Para coroar o pensamento, outro dia ouvi a frase que, se, por um acaso, a cor da grama mudar para vermelho, vai ter neguinho morrendo de fome...
Eu não tenho mais esperanças. Meu círculo de amizades está minguando. E um dia vai acabar.
Ou eles acabam comigo.
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